Adesivo para colar Polietileno

Tanto o polietileno, o polipropileno e o etileno vinil acetato o (E.V.A) são plásticos poliolefinicos. 

Esses polímeros apresentam excelente resistência física e, principalmente, uma  extraordinária resistência química a uma grande variedade de produtos químicos. Entretanto, quando se trata de fazer a colagem deles com eles mesmos ou com outros materiais isso é uma tarefa muito complicada. Isso acontece porque eles não são nada amigáveis quando se trata de fazer qualquer tipo de colagem. Essa família de plásticos é muito resistente quando se trata de fazer qualquer tipo de união.


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Hoje em dia já existem alguns procedimentos ou processos que podem ser utilizados com muito sucesso para melhorar essa história. Com a utilização de alguns destes procedimentos já é possível obter uniões bastante satisfatórias.

1 - Colagem por soldagem

Um dos métodos de maior sucesso é a soldagem. Na soldagem, como o nome já diz, é realizado um processo de soldagem do plástico. Essa soldagem é realizada utilizando um cordão ou filete do mesmo plástico que compõe o artefato.

Um dos processos de soldagem mais utilizados é o processo que utiliza um equipamento que fornece ar quente. Pode ser um soprador ou uma pistola de ar. O ar quente é direcionado para um filete ou cordão do plástico fazendo assim, ao mesmo tempo, a preparação térmica do substrato a ser colado e também a fusão do cordão. Tal processo, depois do esfriamento das peças resulta numa colagem excelente. Na verdade trata-se da melhor união possível. Afinal de contas é uma fusão do próprio plástico. É como o nome já diz. É uma soldagem plástica.

Veja alguns exemplos aqui:

Soldagem com filete:

Soldagem com preenchimento:

O processo de colagem, preenchimento ou reparo de artefatos feitos pelo processo de soldagem utilizando os plásticos poliolefinicos atualmente pode ser considerado um dos métodos de colagem mais seguros e com os melhores resultados.

O processo de soldagem consiste em derreter, com gás, ar quente ou peça metálica um cordão com 3 mm ou 5 mm de diâmetro e encher a junção entre duas chapas a velocidade da soldagem depende do tipo de equipamento usado, pode variar de 25 cm/min a 150 cm/min uma boa soldagem pode ser obtida com equipamentos que operam entre 400 W e 600 W de potência, para obtenção de temperaturas para o gás ou ar entre 150 ºC e 400 ºC, o fluxo de gás ou ar deve satura-se entre 25 L/min e 45 L/min o superaquecimento poderá resultar na degradação do material plástico a região a ser soldada deve estar livre de qualquer tipo de resíduo desmoldante ou material graxo.

Já existem no mercado outros tipos de pistolas com sistema de aquecimento que não utilizam nenhum tipo de gás. Elas usam somente um bico aquecido. Com esse tipo de equipamento é possível soldar peças ao corpo de artefatos plásticos, fazer reparos em falhas de injeção, fazer reparos em áreas danificadas, fazer remendos e unir outros materiais aos resistentes: polietileno, polipropileno e EVA.

Veja aqui alguns exemplos:

Colagem convencional 
Preparação das peças plásticas

Alguns procedimentos de preparação podem ser utilizados para fazer com que esses plásticos, que originalmente são muito resistentes ás uniões coesivas, sejam desequilibrados na sua estrutura molecular e como conseqüência disso passem a aceitar melhor a união com diversos materiais, o que não teriam a menor chance disso acontecer caso esses plásticos estivessem no seu estado molecular original.

Alguns destes procedimentos utilizam os seguintes artifícios: expor o artigo de plástico a uma fonte de calor, expor o plástico a uma descarga elétrica, friccionar o artigo de plástico, expor o artigo a ultrassom ou a ainda a algum tipo de descarga eletromagnética.

Depois da exposição dos artefatos plásticos a algum destes agentes é possível realizar testes com os adesivos convencionais e observar qual dos métodos de preparação e quais os melhores adesivos convencionais como resina epóxi, cianoacrilatos, poliuretanos bi componentes e adesivos á base de metacrílilatos são os mais indicados para cada aplicação.

Por ser quimicamente inerte, a colagem de artigos feitos com polipropileno, polietileno ou EVA rígido é muito diferente daquelas obtidas para outros termoplásticos. A melhor técnica para realizar a união desses materiais entre si, como já comentamos, é por meio da soldagem, entretanto, outros tipos de colagem podem ser realizados com sucesso. Para isso faz-se necessário realizar prévia preparação física ou química nos substratos a serem colados.

Um dos processos físicos mais utilizados é o tratamento Corona. Existem ainda outros processos como a flambagem, a aplicação de primers, de promotores de adesão ou vernizes específicos.

Veja aqui um modelo de equipamento que aplica o tratamento corona (descarga elétrica) para promover a adesão da tinta ao plástico.

Outro procedimento físico que é muito recomendado é fazer a abrasão dos materiais a serem colados. Esse tratamento superficial contribui bastante para favorecer a ancoragem dos promotores de adesão e consequentemente do adesivo final.

Os primers e promotores de adesão são de fundamental importância para a colagem de plásticos como polietileno, polipropileno ou EVA. Existem hoje no mercado alguns produtos que foram especialmente desenvolvidos para essas aplicações e que estão proporcionando excelentes resultados. Alguns destes adesivos dispensam a preparação da superfície a ser colada. 

Veja aqui um exemplo de um primer promotor de adesão:

Os adesivos que podem ser usados para fazer a colagem final das peças feitas de plásticos poliolefinicos podem ser à base de cianoacrilatos e metacrilato reativo.

Existe ainda outra classe de plásticos que podem ser reparados com massa epóxi: são os plásticos termoestáveis. Plásticos termoestáveis são aqueles plásticos que não derretem novamente com o calor.

Veja aqui um exemplo de colagem com massa epóxi

Boa colagem e até a próxima.